Eu tenho idéias e razões,
Conheço a cor dos argumentos
E nunca chego aos corações.
Conheço a cor dos argumentos
E nunca chego aos corações.
Fernando Pessoa, 1932
Minhas cartas de amor ou dor não chegam...
Minhas músicas mais brilhantes nem são ouvidas...eu também não grito. Nem sequer consigo.
Um lugar tão pequeno, eu deixo grande, e assim o que é grande fica pequeno.
Eu mal consigo descrever o quão difícil é e parece não caber.
Assim como eu mal consigo reconhecer em mim mesma qual é a parte que dá conta de seguir.
Não é preciso ver nada. Não são necessárias imagens gravadas, desenhos, os suvenires..., nada.
Apenas um pedaço. Um grande e todo pedaço de memória. Por sinal o mais todo que já imaginei existir.
E por fim, nem tão fim assim, eu me lembro que minhas cartas não possuem carteiro. Elas vão se amontoando. Em pensamentos, nos olhos, esses que por vez ou outra insistem (ou não resistem), em se afogar...
Restam-me elas, que vem de par em par, enfrentando o meu maior e mais profundo, não menos importante, nunca fui indiferente quanto a isso, medo. De perdê-las e esquecer que um dia algo me fez decorar cada detalhe, de cada uma. São as lembranças...


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